Destaques de tênis: Norrie triunfa no Rio, a agenda de Murray e o legado de Federer

Destaques de tênis: Norrie triunfa no Rio, a agenda de Murray e o legado de Federer

Cameron Norrie, o melhor jogador britânico, iniciou sua defesa do título do ATP Rio Open derrotando sem esforço Hugo Dellien, da Bolívia, com placares de 6-3 e 6-2. Norrie, de 28 anos, que havia enfrentado uma partida desafiadora contra Dellien nas quartas de final no ano passado, venceu a disputa dessa vez, permitindo apenas um único break point durante toda a partida, que durou 81 minutos.

Resumo de tênis: Norrie avança, Evans vence e Fritz continua sua sequência

Norrie expressou satisfação com sua melhora no saque e paciência no Brasil, preparando-se para enfrentar Tomas Barrios Vera pela primeira vez. Enquanto isso, Dan Evans garantiu uma vaga na segunda rodada do Los Cabos Open, no México, ao derrotar Roman Safiullin. Evans aguarda seu próximo adversário, Kokkinakis ou Draper. Na Flórida, Taylor Fritz aumentou sua série de vitórias em finais da ATP para seis ao vencer o Delray Beach Open contra Tommy Paul. Em duplas, Julian Cash e Robert Galloway conquistaram seu primeiro título da ATP, superando Gonzalez e Skupski, que estavam em primeiro lugar.

Programação e exibição: Andy Murray vs. Alexandre Muller no Qatar Open

Andy Murray está pronto para conquistar sua primeira vitória de 2024 na rodada de abertura do Qatar Open contra o qualifier francês Alexandre Muller. Apesar dos recentes contratempos, Murray continua otimista, tendo chegado à final do evento do ano passado. A partida será realizada em 20 de fevereiro, após a partida entre Alexander Shevchenko e Richard Gasquet. O vencedor enfrentará o vencedor da partida entre Jakub Mensik e Alejandro Davidovich Fokina no mesmo dia.

O declínio do backhand com uma só mão no tênis

Mais de um ano depois de se aposentar, Roger Federer, famoso por seu elegante backhand de uma mão, ironicamente pode estar influenciando seu declínio no tênis. Pela primeira vez desde o início da classificação da ATP em 1973, os 10 primeiros colocados não têm nenhum jogador que use essa técnica, marcando uma mudança em direção ao jogo de linha de base impulsionado pela potência em detrimento das habilidades tradicionais de toda a quadra e do jogo na rede. Essa mudança se deve, em parte, aos avanços na tecnologia das raquetes e às notáveis dificuldades de Federer contra o jogo agressivo de Rafael Nadal. O técnico britânico Calvin Betton reflete sobre a era por volta de 2003-2004, quando o domínio de Federer foi desafiado por Nadal, levando a uma percepção negativa do backhand de uma mão.

O aperfeiçoamento tardio do backhand de Federer e a evolução do tênis

No final de sua carreira, Federer melhorou seu backhand, mudando um pouco sua rivalidade com Nadal, mas terminou com um recorde de 16-24 contra ele. Apesar desses esforços, a lembrança duradoura continua sendo as lutas de Federer, especialmente nas quadras de saibro de Roland Garros, contra o domínio de Nadal de 2005 a 2016. Essa era também marcou uma mudança significativa na tecnologia do tênis, com cordas de poliéster substituindo o tripa natural, levando a um jogo que favorecia a potência e a rotação em detrimento da finesse. Jannik Sinner, o recente vencedor do Aberto da Austrália, é um exemplo desse estilo moderno e potente, exibindo um potente backhand de duas mãos, mas sem um toque delicado.

O declínio do backhand de uma mão no tênis

A presença cada vez menor do backhand de uma mão no tênis mostra um quadro sombrio. O estilo de jogo dinâmico de Jannik Sinner é cativante, mas os fãs anseiam por diversidade, não por mesmice. Assistir a partidas pode se tornar monótono, semelhante a uma versão esportiva de “Ataque dos Clones” na quadra central de Wimbledon.

A menos que surja um novo campeão com um backhand de uma mão para seguir os passos de Federer, é improvável que essa tendência se reverta. Essa mudança se deve em parte ao foco no sucesso precoce das carreiras no tênis.

Os jovens talentos costumam ser procurados por agências e federações em tenra idade, o que torna as exigências físicas de um backhand com uma mão um desafio para eles. Esse foi o caso de Pete Sampras, que adotou a técnica aos 14 anos. Os técnicos enfrentam um dilema: investir em uma habilidade cada vez mais rara com a esperança de que ela compense quando os jogadores amadurecerem.

A execução elegante de um backhand com uma mão, como o de Richard Gasquet, conhecido como “Le Petit Mozart”, continua a ser um aspecto cativante do tênis, mostrando a beleza inerente do esporte, apesar de sua popularidade em declínio.

Backhands de uma mão: Espetaculares, mas em declínio no tênis

As vitórias no ATP Tour viram backhands de uma mão como Stan Wawrinka e Dominic Thiem derrotarem Novak Djokovic, mas Djokovic continua sendo o maior do esporte. Isso levou à crença de que o backhand de uma mão está diminuindo. Os especialistas reconhecem que os backhands com uma mão podem oferecer rotação e potência, mas são cada vez mais raros no jogo moderno de ritmo acelerado. Embora haja esperança de um ressurgimento no nível Challenger, apenas alguns jogadores se mostram promissores, o que sugere que o backhand de uma mão enfrenta uma batalha difícil no tênis contemporâneo.

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Sobre o autor

Leonardo Fernandes Silva, nascido em 1988. Especialista em desportos comuns com mais de 10 anos de experiência no campo. Graduou-se em Educação Física pela Universidade de São Paulo em 2010. Realizou formações no exterior e trabalhou como treinador e consultor desportivo em várias cidades brasileiras. Atualmente, Leonardo está a prosseguir uma carreira no jornalismo, escrevendo artigos sobre desportos comuns

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