A atuação da Seleção não foi brilhante, mas é importante reconhecer que o Brasil finalizou 25 vezes no empate em 1 a 1 contra os Estados Unidos, com alguns chutes cara a cara com o goleiro Turner. Com um pouco mais de precisão, poderia ter conquistado a vitória, talvez até com um placar elástico.
No entanto, não se pode ignorar as muitas chances de gol cedidas aos Estados Unidos. O travessão e dois milagres de Alisson ajudaram a evitar a primeira derrota brasileira em 2024.
Seleção em Busca de Equilíbrio
Em quatro jogos sob o comando de Dorival Júnior, a Seleção marcou oito gols e sofreu seis. O equilíbrio, palavra frequentemente usada pelo técnico, ainda não foi alcançado – o que é compreensível considerando o estágio atual da equipe.
Após utilizar uma equipe “B” contra o México, Dorival voltou com seus principais jogadores para enfrentar os Estados Unidos, montando um ataque móvel, similar ao dos amistosos contra Inglaterra e Espanha em março.
Rodrygo começou mais aberto pela esquerda, com Vini Júnior centralizado ao lado de Lucas Paquetá. Os jogadores do Real Madrid trocavam frequentemente de posição, e foi pelo centro que o camisa 10 criou a primeira boa chance do Brasil, aos seis minutos.
Faltava um pouco mais de velocidade na movimentação da bola, mas a Seleção ainda conseguia encontrar espaços. Vini, em uma noite abaixo de sua média, desperdiçou duas boas chances aos 15 e 16 minutos. No lance seguinte, os Estados Unidos saíram jogando mal mesmo sem grande pressão brasileira, e Raphinha encontrou bem Rodrygo, que não perdoou.
Brasil Empata, Mas Deixa Dúvidas
Nove minutos depois, os donos da casa empataram em cobrança de falta duvidosa. Pulisic bateu com precisão, mas um goleiro do nível de Alisson não deveria sofrer um gol desse tipo.
Na reta final do primeiro tempo, o Brasil teve mais dificuldade para criar. Difícil dizer o que pesou mais: os 740 m² a menos de campo ou a atuação apagada de Paquetá, tal qual no último sábado contra o México.
Dorival voltou para o segundo tempo com Douglas Luiz no lugar de João Gomes, e o Brasil ganhou mais proteção na entrada da área, um ponto que precisa melhorar.
Ainda assim, os Estados Unidos criaram três grandes oportunidades para marcar.
A Seleção ainda tenta se encontrar sem uma referência na área, e não será surpresa se Dorival decidir usar um camisa 9 daqui a 11 dias, na estreia da Copa América contra a Costa Rica. Por mais que pregue paciência e cuidados com Endrick, é inegável a melhora da equipe com o camisa 9.
O Brasil sai dos amistosos com dúvidas, mas também com alternativas. Douglas Luiz, Andreas Pereira e Savinho talvez sejam as melhores novidades. Há também disputa na lateral esquerda, assim como pelo posto de parceiro de Marquinhos na zaga.
Dorival terá 12 dias preciosos até a estreia na Copa América para resolver essas e outras questões.