Real Madrid x Manchester City: A Eterna Resiliência Merengue

Real Madrid x Manchester City: A Eterna Resiliência Merengue

Atualmente, o Manchester City possui um time mais forte do que o Real Madrid, com jogadores mais completos e decisivos. No entanto, não podemos desconsiderar o maior clube do mundo, que se supera quando menos se espera.

Se eu tivesse que apostar, como mencionei no meu Instagram, colocaria 70% de chances para o City e 30% para o Real Madrid. Mas conheço o significado da camisa merengue. É a mais pesada do mundo e possui jogadores de elite.

Consciente da inferioridade do seu time no momento, Carlo Ancelotti adotou uma estratégia mais defensiva, aguardando o adversário e aproveitando os contra-ataques. Se optasse por um jogo mais aberto contra o City, sofreria uma derrota pesada, e o técnico italiano definitivamente não é ingênuo.

Domínio Tático e Duelo de Gigantes no Futebol

O City irrita pelo excesso de posse de bola, reminiscente do famoso Tiki-taka do Barcelona de Guardiola, que já saturou muitos. A equipe conta com um talento excepcional chamado Kevin De Bruyne, considerado muito superior a Neymar, que comanda o ritmo do jogo. Este belga foi o responsável por eliminar o Brasil de Alisson, o “braço curto”, na Copa de 2018.

O Real Madrid, no entanto, foi quem marcou primeiro, aproveitando o esquema montado por Ancelotti. Em um contra-ataque pela direita, Vini Júnior cruzou e Rodrygo, sem marcação, chutou para a defesa de Ederson. No rebote, fez Real 1 a 0. Apesar do domínio do City, o time merengue se defendia enquanto Lunin realizava defesas espetaculares, mantendo o placar favorável.

Análise de Jogo: Real Madrid vs. City

Na ida para o vestiário, ao fim do primeiro tempo, comentei com meu filho, Lorenzo: o Real precisa ajustar a marcação e buscar o segundo gol. Será difícil conter a pressão do City. E no segundo tempo, o time de Manchester intensificou os ataques, tentando pela direita e pela esquerda, mas o Real se manteve firme na defesa.

Rudiger estava impecável e nada conseguia passar. Lunin continuou a realizar defesas complicadas. O City teve 18 escanteios e De Bruyne quase marcou um gol olímpico. Na única bola que Rudiger cortou, mas não afastou da área, De Bruyne aproveitou o rebote e chutou sem chances para o goleiro do Real. A torcida ainda acreditava na virada, mas o Real defendeu-se como pôde e levou o jogo para a prorrogação.

As duas equipes, já exaustas, não podiam produzir muito, mas o City persistiu. Queria a vitória na prorrogação. O Real se arrastou e conseguiu levar o jogo para as penalidades. O City marcou primeiro, fazendo 1 a 0. Modric errou para o Real. Bernardo Silva e Kovacic erraram para o City. A estrela de Lunin brilhou. Foi Rudiger quem bateu o pênalti decisivo, garantindo a classificação do time merengue. O maior vencedor da competição, com 14 “Orelhudas” na galeria, nunca deve ser subestimado. O City dominou durante todo o jogo, pressionando o Real Madrid, mas quem avançou foi o time de Madri.

Enfrentamento dos Gigantes na Semifinal da Liga dos Campeões

A semifinal será uma verdadeira batalha entre gigantes. De um lado, o Bayern de Munique, hexacampeão, que perdeu o Campeonato Alemão após vencer por 11 anos seguidos, mas que se destaca na Champions League. Do outro lado, Borussia enfrenta o PSG. Será que veremos Bayern contra Borussia revivendo o confronto de 2013 em Londres? Ou será Real Madrid contra PSG, com Mbappé, já contratado pelo time espanhol? Façam suas apostas. Sempre acreditei que o vencedor do confronto entre City e Real seria o campeão desta temporada da Champions, mas confesso que está tudo indefinido. Contudo, uma coisa é certa: a Liga dos Campeões da Europa é o maior torneio de futebol do mundo, com partidas espetaculares, poucas faltas, dribles, jogadas combinadas e gols geniais.

Ao assistir a uma partida do futebol europeu e depois ter que escrever sobre o futebol brasileiro à noite, percebemos a enorme distância que nos separa. E não se trata apenas de economia, pois a Europa sempre teve uma base econômica sólida e forte. Trata-se da nossa falha em desenvolver talentos, cuidar das divisões de base com dedicação e revelar grandes jogadores. Estamos muito atrás. Com dirigentes fracos e vaidosos, jogadores que não dominam bem a bola, árbitros extremamente ruins, gramados em péssimo estado e ingressos a preços exorbitantes. Estão destruindo nosso futebol, que sempre nos orgulhou por ser o melhor do mundo. Não somos mais, há décadas!

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Sobre o autor

Leonardo Fernandes Silva, nascido em 1988. Especialista em desportos comuns com mais de 10 anos de experiência no campo. Graduou-se em Educação Física pela Universidade de São Paulo em 2010. Realizou formações no exterior e trabalhou como treinador e consultor desportivo em várias cidades brasileiras. Atualmente, Leonardo está a prosseguir uma carreira no jornalismo, escrevendo artigos sobre desportos comuns

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